Por Laura Ceretta Moreira[1] e Paula Sakaguti[2]
Para celebrarmos o dia 10 de agosto, Dia Internacional da Superdotação, ao procurarmos palavras para prestarmos homenagem ao talento, nos lembramos de Flavia a nos dizer, aos seus onze anos de idade, que “Palavras são bem mais do que letras agrupadas. São coisas que merecem ser amadas. Palavras são nossa alma”, e o que pensar de João, aos seis anos, afirmar que: “quando crescer quer ser filósofo, pois você bem sabe, filo…sofia, amante da sabedoria”. Ou mesmo de Lucas, com 11 anos, ilustrou um livro de “Neuropsicologia para Crianças”. Exemplos como de Flavia, João e de Lucas, alunos de Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação, para nos mostrar que tão importante é prestarmos atenção aos talentos que nos cercam.
Estamos nos referindo aos estudantes que chamam a nossa atenção por sua vivacidade; grande curiosidade desde a tenra idade, com perguntas inusitadas e que muitas vezes nos deixam sem respostas; rapidez de pensamento; grande memória, agilidade nas relações de ideias e conceitos; muita criatividade e originalidade nas respostas. Nas palavras do renomado pesquisador Joseph Renzulli, estes estudantes demonstram habilidade acentuada em uma ou mais áreas, grande criatividade e muito comprometimento com a tarefa, destacando significativo papel do ambiente escolar, familiar e os traços de personalidade.
Estes estudantes também fazem parte de um das áreas da Educação Especial, a das Altas Habilidades/Superdotação. Área em que o Estado do Paraná e a UFPR são vanguarda na implementação de políticas e práticas educacionais que permeiam a identificação e o atendimento educacional especializado. Negligenciar o atendimento e o reconhecimento destes estudantes é desperdiçar o talento e desvalorizar as diferenças. Viva o protagonismo dos estudantes e o Dia Internacional da Superdotação!
[1] Professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPR), Coordenadora da Coordenação de Políticas de Inclusão e Diversidade da SIPAD/UFPR; coordenadora do NAPNE e vice- coordenadora do NEPHAS.
[2] Pós – doc pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPR)